Antes de decidir abrir uma aba de blog no nosso site surgiram muitas dúvidas. Primeiro se íamos ter pernas para mantê-lo vivo e segundo se teríamos capacidade de produzir um repertório original diante da enxurrada de conteúdos que estão disponíveis hoje nas nuvens. Mas, encarar desafios de todos os tamanhos todos os dias, passou a ser a nossa rotina. A gente acredita e segue em frente. E vamos começar falando do nosso DNA.

A Brand Officer nasceu literalmente de dentro para fora. Nasceu da Maga Endomarketing,  que depois de quase dez anos passou por uma metamorfose. Mudanças que vão desde a anatomia- forma e estrutura-  até mudanças mais profundas de concepção e movimentos.  E assim nos tornamos Brand Officer. E nada foi por acaso!

Grandes marcas, sem identidade.

Quando éramos uma agencia de endomarketing atendemos algumas grandes marcas regionais (com atuação nacional) e constatamos o que parecia improvável: suas marcas não tinham uma identidade e as vezes nem posicionamento definidos. Não estou falando aqui de identidade visual ou manual de marca. Para muitas dessas empresas, a marca continua a ser apenas um logo. Imaginam que missão, visão e valores são suficientes para definir a identidade da organização, quando na verdade, muitas vezes não passam de palavras bonitas(e repetidas) num quadro de parede sem nenhuma influência prática nos desdobramentos das estratégias da comunicação.

Nossa primeira tarefa quando iniciávamos um trabalho de endomarketing era tentar “descobrir” a identidade da marca. Como na maioria dessas empresas a comunicação e o marketing interno são de responsabilidade do RH, você pode imaginar o tamanho da nossa dificuldade quando nem o departamento de marketing imaginava um Brand Book, muito menos um modelo de gestão da sua própria marca.

Certa vez passamos por uma saia justa numa reunião em São Paulo com o CEO de uma empresa, cliente recente com unidade em Pernambuco. A pauta da reunião era apresentar o plano de endomarketing e nós fizemos também uma proposta para realizar um trabalho de branding. O Diretor de RH não gostou da ousadia. Mas a questão era: se uma marca se constrói de dentro para fora, como fazer marketing interno sem conhecer a sua essência?

Foi por essas e outras que descobrimos na prática, que tudo começa e depende do branding: nele está o cerne da inspiração, a biblioteca dos conteúdos relevantes, as formas de expressão, o alinhamento do design, da comunicação e da informação. Por isso, hoje nós não fazemos endomarketing, fazemos branding interno.  Para você entender essa diferença, estamos preparando nosso segundo post Endomarketing pra quê? Uma leitura que vai fazer você repensar alguns conceitos e estratégias sobre comunicação organizacional. Até breve!

Arlindo Teles

Brand Officer